Gravação mostra que equipe tentou manobrar avião antes do impacto.
Não havia indicação de problema segundos antes do acidente, diz comitê.
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Destroços do avião acidentado no aeroporto de San Francisco (Foto: AP) |
Os pilotos do avião Boeing 777 tentaram abortar o pouso segundos antes do acidente ocorrido neste sábado (6) no Aeroporto de San Francisco, nos Estados Unidos, apontam gravações do cockpit da aeronave contidas na caixa-preta citadas por emissoras de TV americanas.
As gravações foram recuperadas mais cedo, neste domingo (7), por uma equipe do Comitê Nacional pela Segurança do Transporte dos EUA (NTSB, na sigla em inglês), que investiga as causas do acidente, informa a agência Reuters.
Os pilotos também tentaram aumentar a velocidade e manobrar o avião na hora do pouso, pouco antes do acidente. A diretora do NTSB, Deborah Hersman, disse em uma entrevista coletiva que não havia indicações de problemas na aeronave ou com a aterrissagem até 7 segundos antes do impacto, quando a equipe no comando do Boeing 777 tentou aumentar a velocidade.
Paralisados
Pelo menos dois feridos no acidente perderam os movimentos dos membros, mas o número deve ser maior, disse a chefe de cirurgia do Hospital Geral de San Francisco, Margaret Knudson, à emissora "CNN". Entre os feridos há pessoas com traumatismo craniano, fraturas na coluna e danos no abdômen.
Pelo menos dois feridos no acidente perderam os movimentos dos membros, mas o número deve ser maior, disse a chefe de cirurgia do Hospital Geral de San Francisco, Margaret Knudson, à emissora "CNN". Entre os feridos há pessoas com traumatismo craniano, fraturas na coluna e danos no abdômen.
Muitos passageiros tiveram danos na pele semelhantes ao de pessoas jogadas ao asfalto em alta velocidade, disse a chefe de cirurgia. O avião, um Boeing 777, perdeu parte da cauda e teve a fuselagem superior, acima de onde ficam os passageiros, incendiada e destruída.
Instrumento desligado
Um instrumento do Aeroporto de San Francisco usado para ajudar pilotos na hora de pousar estava desativado na hora do acidente, afirmou a Federação Nacional de Aviação (FAA), entidade que fiscaliza o setor nos EUA.
Um instrumento do Aeroporto de San Francisco usado para ajudar pilotos na hora de pousar estava desativado na hora do acidente, afirmou a Federação Nacional de Aviação (FAA), entidade que fiscaliza o setor nos EUA.
Chamado de Instrumento de Sistema de Pouso (ILS, na sigla em inglês), o mecanismo está sendo analisado pelas equipes que investigam as causas do acidente. A ideia é saber se a desativação contribuiu ou não com a queda da aeronave, ressalta a agência de notícias Associated Press.
O ILS ativa um sinal sonoro ao cockpit do avião e emite alarmes no caso de problema com a altura do voo, disse o consultor Mark Weiss à "CNN".
Weiss é piloto aposentado do mesmo modelo de avião que caiu em San Francisco, o Boeing 777. "Você escuta uma voz mecânica dizendo 'muito baixo, muito baixo'. É bom que funcione, mas não tem papel fundamental no 777", afirmou.
"Há vários sistemas que auxiliam os pilotos" no voo e no pouso, disse Deborah Hersman, diretora do Comitê Nacional Pela Segurança no Transporte, em entrevista à "CNN".
Duas mortes
As pessoas mortas no acidente com o avião da empresa Asiana Airlines são duas estudantes chinesas de 16 anos e foram identificadas, informou a agência de notícias Associated Press. Ye Mengyuan e Wang Linjia estudavam em uma escola no leste da China. Dos 291 passageiros do avião, 141 eram chineses.
As pessoas mortas no acidente com o avião da empresa Asiana Airlines são duas estudantes chinesas de 16 anos e foram identificadas, informou a agência de notícias Associated Press. Ye Mengyuan e Wang Linjia estudavam em uma escola no leste da China. Dos 291 passageiros do avião, 141 eram chineses.
A companhia sul-coreana não acredita que o acidente foi causado por falha mecânica. No entanto, a empresa recusou-se a dizer que a culpa do acidente foi por um erro do piloto - a Asiana afirmou que os três capitães da aeronave foram treinados em conformidade com os regulamentos coreanos e tinham mais de 10 mil horas de vôo de experiência.
"Por enquanto, nós reconhecemos que não houve problemas causados pelo avião ou pelos motores", disse Yoon Young-doo, presidente e CEO da companhia aérea, em uma entrevista coletiva de imprensa neste domingo, na sede da empresa, informou a agência de notícias Reuters.
Fonte:G1